domingo, 10 de maio de 2009

HIPOCALEMIA E HIPERCALEMIA

Hipocalemia: é a concentração sérica de potássio abaixo do normal, menos que 3 mEq/L de potássio sérico e indica um déficit real nas reservas totais de potássio. A deficiência de potássio pode resultar em amplos desarranjos na função fisiológica, podendo a hipocalemia grave causar a morte através da parada cardíaca ou respiratória. As manifestações clinicas incluem fadiga, anorexia, náuseas, vômitos, fraqueza muscular, cãimbras nas pernas, motilidade intestinal diminuída, parestesias (dormência e formigamento), disritmias e sensibilidade aumentada ao digitálico. Quando prolongada, a hipocalemia pode levar a uma incapacidade dos rins para concentrar a urina, causando a urina diluída (resultando em poliúria e nictúria) e sede excessiva. A depleção de potássio deprime a liberação de insulina e resulta em intolerância à glicose. A alcalose metabólica está comumente associada à hipocalemia. No tratamento de Enfermagem na hipocalemia, o enfermeiro precisa monitorar para a sua presença nos pacientes em risco, dentre as medidas de prevenção pode-se encorajá-lo a ingerir alimentos ricos em potássio (bananas, melão, frutas cítricas, vegetais frescos, carnes frescas); ter um cuidado especial a reposição de potássio principalmente nos adultos idosos, que possuem menores níveis corporais de potássio, além da perda fisiológica da função renal com o avançar da idade, sendo mais prontamente retido pelo idoso.
Hipercalemia: é a concentração de potássio sérico maior que o normal, maior que 6 mEq/L, e raramente ocorre em pessoas com função renal normal, sendo em geral mais perigosa que a hipocalemia uma vez que a parada cardíaca está mais frequentemente associada a níveis séricos elevados de potássio. A principal etiologia da hipercalemia é a excreção renal de potássio diminuída, sendo comumente observada em pacientes com insuficiência renal não tratada. As principais manifestações clínicas são fraqueza da musculatura esquelética e, até mesmo, paralisia, relacionada com um bloqueio causado pela despolarização do músculo. A fraqueza muscular rapidamente ascendente, leva a paralisia flácida, também pode ocorrer a paralisia dos músculos respiratórios e da fala. Pode ocorrer também, náuseas, cólica intestinal intermitente e diarréia. A analise gasométrica arterial pode revelar uma acidose metabólica, em muitos casos a hipercalemia ocorre com a acidose. No tratamento de Enfermagem, os pacientes com risco de excesso de potássio, por exemplo, aqueles com insuficiência renal, devem ser identificados e monitorados com rigor. Deve ser empreendidas medidas para encorajar ao cliente a aderir à restrição de potássio prescrita, evitando-se alimentos ricos em potássio como café, chocolate, chá, frutas secas, vagens secas, pães integrais, leite, ovos, ao contrário dos alimentos com conteúdo mínimo de potássio como manteiga, margarina, balas de goma ou confeitos, açúcar, mel, doces endurecidos. Deve ter cautela durante a administração de potássio, monitorando rigorosamente as soluções, dando atenção especial a suas concentrações e para a velocidade de administração.
FONTE: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica Brunner&Suddarth

2 comentários:

  1. Como utilizar o "kcl" no tratamento? Qual a forma de manipulação, preparo e administração? De que forma esse farmaco interage no organismo? Quais os riscos de administração e efeitos colaterais? Quais os cuidados de ENFERMAGEM?

    ResponderExcluir
  2. e a NUTRIÇÃO onde é que fica ???????

    ResponderExcluir